Brasão de armas dos Pinto
Escudo de prata, com cinco crescentes de vermelho. Timbre: leopardo de prata, armado e lampassado de vermelho, com um crescente do escudo na espádua.
A simbologia heráldica desta linhagem “cinco crescentes vermelhos” são uma alusão clara a vitórias sobre os mouros, representando os pendões tomados aos sarracenos em combate, remetendo assim para o período da reconquista cristã.
1-PAIO SOARES PINTO, [1], documentado no cartulário chamado de "Baio Ferrado" do mosteiro de Grijó, numa escritura de Abril de 1156, onde aparece como "Pelagio Pinto", também referido no mesmo documento como "Pelagio Suariz, cognomento Pinto" ou seja Paio Soares, dito Pinto. Este cavaleiro viveu na sua quinta do Paço em Santa Maria da Feira, no tempo do conde D. Henrique. Amado de Azambuja diz que este já era falecido em 1126, (deve ser 1156 como se documenta) data em que sua viúvaMARIA MENDES, (filha de Mendo Odoriz) vendeu em seu nome e de suas filhas a dita Quinta ao mosteiro de Grijó. Filha herdeira:
2-MAIOR PAIS PINTO,que segundo as genealogias foi a segunda mulher de D. EGAS MENDES DE GUNDAR , (Amado de Azambuja diz que juntos aparecem a rectificar em 1134(?)a venda ao Prior de Grijó, da quinta do Paço, como constava das escrituras que estavam no cartório do mosteiro de Grijó), cavaleiro que participou ao lado de D. Afonso Henriques, na batalha de campo de Ourique (25/7/1139). O conde D. Pedro no seu livro de linhagens refere que dele provem as linhagens Rego e Pinto. Era filho de D. Mendo de Gundar, natural das Astúrias que “foy cavalleiro muy boom e homrrado, que, para os termos de que usa o conde, não e pequena abonação de seu valor e nobreza” e de sua mulher Goda Pires. Este D. Mendo veio com o conde D. Henrique, ficando ao serviço de sua mulher, sendo grande “privado” deles. Este morou no concelho de Guestaço, foi alcaide-mor de Celorico de Basto, senhor de Gondar, de S. Salvador de Telões, fundador do mosteiro de Gondar e outro sujeito a este, em Santa Maria Madalena de Cubelo, jaz sepultado em Telões.Egas Mendes c.c. Maria Viegas, como refere o conde D. Pedro no seu livro, parece sem geração. Filhos:
3-Pedro Viegas Pinto[2], também chamado Pedro Viegas do Rêgo[3], nome retirado da quinta do Rego na freg. de S. Bartolomeu do Rego, no conc. de Celorico de Basto, onde viveu pelo final do reinado de D. Afonso Henriques e D. Sancho I (segundo diz o nobiliário de Manuel de Souza da Silva, no Tit. 31 Gundar, Motas e Regos, pag.145). c.c. Toda Martins das Chãs, filha de Martim Moniz de Rezende e de Chamoa Esteves, neta materna de Estêvão das Chãs.
3-(Mendo Viegas) de Gundar, foi pai de 4-Gonçalo Mendes de Gundar “que chamaram por sobrenome Gonçalo Sandeu”. C.c. Berengária Esteves de Leomil, estes pais de 5-Beatriz Gonçalves, c.c. Vasco Martins Picanço. O conde D. Pedro, no seu livro de linhagens diz que de D. Egas Mendes de Gundar “deçemdem os de Rego e os Picamços, e Vaasco Pimto de ririba de Bestança e seus irmãaos”.
3-RUI VIEGAS PINTO, que viveu no tempo dos reis dom Afonso Henriques e dom Sancho I, possuindo vários casais na terra da Feira por dote de sua mãe. (Felgueiras Gaio e Amado de Azambuja). Não se sabe com quem casou, mas teve pelo menos:
4-GONÇALO RODRIGUES PINTO, referido pelas genealogias. Filhos:
5-Mendo Gonçalves Pinto, aparece referido numa escritura de demarcação de terras, referente a uma doação ao mosteiro de S. Cucufate, perto de Beja (escritura feita em Maio de 1292 (1254), era um “dos governo da terra” e acha-se com o título de “miles”, que significava então cavaleiro nobre. Assim diz Frei António Brandão, nas “Crónicas de D. Sancho II e D. Afonso III, pág. 201.
5-Soeiro Gonçalves Pinto, "que viveu em tempo d`el-Rei D. Afonso III", que segundo as genealogias foi pai de 5-Garcia Soares Pinto, referido nas inquirições do rei dom Dinis, como seu vassalo e morador perto de Chaves. C.c. Maria Gomes de Abreu. Este pode ser o Garcia Soares, trovador "irmão de Martim Soares", também trovador.
5-Estevão Pinto, c.c. Sancha Ermigues de Espinhel. C.g, seus filhos tinham dois casais, um no lugar da Várzea outro em Cabanais, em Santa Eufémia de Agilde, concelho de Celorico de Basto, como se documenta nas Inquirições de D. Afonso III (1258).
5-MARTIM GONÇALVES (PINTO), que segundo documentos da Casa de Balsemão, foi casado com uma D. MARIA.
A "Revista. Serie 5: Ciencias Humanas", Volumes 1-4, pág. 227, refere erradamente que o rei D. Afonso IV dispensa Vasco Martins Pinto, filho de Martim Gonçalves “que foi mestre de cavalaria da Ordem de Cristo, solteiro e de Inês Vasques, solteira. Não se trata de um Vasco Martins Pinto, mas sim de um Vasco Martins Leitão, como se documenta na Chancelaria de D. Afonso IV. Filhos:
6-Teresa Martins, documentada como tia do cavaleiro Vasco Martins Pinto.
?6-João Pinto, “Joham Pinto”, aparece documentado a 31/8/1284 nas Inquirições da terra de Santa Maria da Feira, julgado de Cabanões, como dono de um mato, confirmando a presença dos Pinto na terra da Feira.
?6-D. Afonso Pinto, referido em 1262 na venda de umas casas a colegiada da Alcáçova de Santarém.
6-MARTIM MARTINS, nome deduzido do patronimico de Vasco Martins Pinto.Filhos:
7-Guiomar Pinto, casada com Aires Pires Cascavel, pais de: 8-Constança Aires Cascavel, c.c. Martim Gil Cochofel e de 8-Pedro Aires, senhor de Tabuado, c.c.Maria Rodrigues de Galafura, filha de Rui Martins de Galafura, senhor da honra de Nogueira em S.Cipriano de Aregos.
7-VASCO MARTINS PINTO, que segue nos PINTO, senhores da Torre de Chã, em Riba-Bestança (Ferreiros de Tendais).
[1] Irmão de Telo Pinto, “Tellus Pinctus”, ambos filhos de Soeiro Arias.
[2] Felgueiras Gaio[2], no tit. de “Pintos” § 300, informação foi colhida de uma memória que viu de Luís Pinto de Sousa, Sr. de Balsemão.
[3] A obra “Blasones de Portugal, do Padre Manuel da Purificação Magalhães (ms.1676 da B.N.L.) diz que as armas dos Gundar, são “de verde banda de prata carregada de três vieiras de oiro”. Trata-se das armas usadas depois pelos Rêgo, seus descendentes.